A Esclerose Lateral Amiotrófica, também conhecida como ELA, é uma condição debilitante que afeta o sistema nervoso de maneira progressiva e irreversível. O nome da doença descreve aspectos essenciais de suas características: “esclerose” refere-se ao endurecimento e cicatrização, “lateral” indica o endurecimento da parte lateral da medula espinhal e “amiotrófica” aponta para a fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular, ou seja, atrofia.
Entendendo a ELA
Pacientes diagnosticados com ELA enfrentam uma jornada angustiante à medida que experimentam uma paralisia gradual e a perda de habilidades vitais, incluindo a capacidade de falar, mover-se, engolir e, em última instância, respirar. Um exemplo notável da luta contra a ELA foi a do físico britânico Stephen Hawking, que batalhou contra a doença até seu falecimento em 2018.
As Causas da ELA
Embora o conhecimento sobre a ELA esteja em constante evolução, as causas precisas da doença ainda não são completamente compreendidas. Estima-se que cerca de 10% dos casos sejam causados por defeitos genéticos hereditários.
Em termos práticos, a Esclerose Lateral Amiotrófica, por ser uma doença neuromuscular, ocorre quando os neurônios se degeneram ou morrem, impedindo a transmissão de mensagens aos músculos. Algumas das possíveis causas e fatores associados à ELA incluem:
- Mutação Genética: em alguns casos, a ELA pode ser hereditária devido a mutações genéticas específicas.
- Desequilíbrio Químico no Cérebro: níveis elevados de glutamato, uma substância química no cérebro, podem ser tóxicos para as células nervosas.
- Doenças Autoimunes: algumas evidências sugerem uma possível ligação entre doenças autoimunes e o desenvolvimento da ELA.
- Mau Uso de Proteínas: anormalidades na produção e utilização de proteínas no corpo podem desempenhar um papel na progressão da doença.
Sinais e Sintomas da ELA
Os sintomas da ELA são variados e afetam diversas áreas da vida do paciente. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
- Perda gradual de força e coordenação muscular;
- Incapacidade de realizar tarefas cotidianas simples, como subir escadas, andar e levantar-se;
- Dificuldades para respirar e engolir, resultando em engasgos frequentes;
- Babar, gagueira e cabeça caída são manifestações comuns da doença;
- Cãibras e contrações musculares são sintomas dolorosos enfrentados pelos pacientes;
- Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal;
- Alterações da voz, muitas vezes associadas à rouquidão, são observadas.
Tratando a ELA: enfrentando o desafio
Embora não haja cura para a ELA, a abordagem terapêutica visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso é alcançado por meio de protocolos adequados e do auxílio de equipes multidisciplinares. Os objetivos do tratamento incluem:
- Desacelerar a progressão da doença tanto quanto possível;
- Promover a independência dos pacientes, adaptando estratégias de vida diária;
- Evitar complicações que podem surgir, garantindo um acompanhamento médico cuidadoso.
O enfrentamento da ELA é uma batalha complexa, que exige uma rede de apoio dedicada, incluindo médicos especializados, terapeutas, cuidadores e, acima de tudo, o suporte e compreensão da sociedade. Embora a pesquisa sobre a ELA continue a avançar, é importante lembrar que a empatia e a conscientização desempenham um papel fundamental no apoio a todos aqueles que enfrentam essa doença desafiadora.
Importante: este artigo não substitui uma consulta médica. Caso identifique algum dos sintomas citados anteriormente, clique aqui para agendar uma consulta com um especialista ou acesse nossas redes sociais para saber mais.
Referências:
- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/ela – acesso em 19/10/2023
- https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/esclerose-lateral-amiotrofica-ela – acesso em 19/10/2023
- https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7603-esclerose-lateral-amiotr%C3%B3fica – acesso em 19/10/2023